Publicado em: 07/ jan/ 2021

Vereador faz discurso no dia do Idoso

Senhores Membros da Mesa,
Senhoras e Senhores Convidados,
Todos os Presentes,

Congratulo-me com todas as pessoas que participam deste importante evento, principalmente os cidadãos e cidadãs que chegaram à terceira idade. Hoje comemoramos o Dia Municipal do Idoso e é porcausa deste fato alvissareiro que estou muito satisfeito e contente por recebê-los e conhecê-los, porque sei que todos os seres humanos têm história, única e especial, principalmente as pessoas que envelheceram por causa do tempo, mas jamais deixaram de ser jovens no que concerne aos seus sonhos,realizações e a vontade de viver de forma harmoniosa com seus semelhantes e
notadamente com seus familiares.

Senhoras e Senhores, a cidade do Rio de Janeiro é o lugar do Brasil onde vivem o maior número de idosos. Copacabana é o bairro que, nitidamente, percebe-se que os idosos são um grupo social numeroso e de muita importância, inclusive em termos econômicos e financeiros, pois geralmente eles pertencem às classes sociais de classe média, classe média alta e alguns são ricos e por isso são mais protegidos. Isto não significa que esses idosos não possam ser vítimas de maus tratos ou de negligência. A sociedade, às vezes, é mais cruel do que se imagina. Contudo, Copacabana tem uma Delegacia do Idoso. Mas considero que o estado e a prefeitura deveriam criar esse tipo de delegacia em outros bairros e regiões da cidade.

Sempre fui um parlamentar voltado para as questões sociais desde quando fui deputado federal. Minha atuação no que é relativo aos idosos visa fazer com que eles tenham uma vida de melhor qualidade e não sejam vítimas de violência, ameaças e exploração financeira e de trabalho. Por isso, o estado tem de estar presente, por meio de ações sociais, de programas que atendam aos idosos e também por meio da informação publicitária e jornalística. Tenho um pai de 90 anos e sei das dificuldades que ele enfrenta, como ter a locomoção prejudicada, ouve mal, além da fragilidade física e também biológica. A verdade é que a sociedade trata mal seus idosos e por isso ela tem de ser, constantemente, conscientizada, a começar pelas crianças, na escola e no seio da família. A sociedade que trata bem seus idosos é uma sociedade civilizada. Não devemos esquecer que todos nós ficaremos mais velhos. Quando você respeita o idoso, você respeita a si mesmo, o seu futuro e destino. O idoso quer respeito.

Como presidente da Comissão Permanente do Idoso, determinei à minha assessoria que sejam atendidos, com prioridade, os idosos que precisam de ajuda por se encontrarem em uma condição de risco.Recebemos telefonemas, e-mails, damos informações e atendemos pessoalmente, de forma discreta e respeitosa. Recebemos também denúncias e resguardamos o nome de quem as fizeram, se assim for o desejo da pessoa. A Comissão, além de dar informações sobre leis e os direitos dos idosos, visita os asilos para ver se está tudo a correr bem, conforme o estabelecido pela Constituição e pelo o Estatuto do Idoso, que é uma lei avançada e que deixa claro que o idoso tem de ser tratado com respeito, de forma republicana pelo poder público e considerativa pela sociedade, pelos familiares e conhecidos. Já realizei audiência pública no plenário da Câmara e debatemos questões pertinentes à terceira idade.

Caros Convidados presentes a este Plenário, muitos idosos são influentes. Muitos deles o são ainda a força financeira de suas famílias, por meio de seu trabalho ou da aposentadoria. Por sua vez, existem idosos que são desrespeitados em seus direitos, como, por exemplo, ter autonomia para controlar sua conta bancária, se encontrar com os amigos e ter o direito constitucional mais importante, que é o direito de ir e vir. Há idosos que têm esses direitos fundamentais desrespeitados pelos familiares. É um absurdo! Alguns sofrem violência física dos próprios parentes, aqueles que eles geraram e sustentam. Há também profissionais que cuidam de idosos despreparados, negligentes e violentos. Quando a Comissão do Idoso recebe denúncias de maus tratos a gente repassa para o Ministério Público e outros órgãos que, inclusive, podem acionar a polícia.

As academias, poucas ainda, já existiam, como a de Copacabana. Percebi que os idosos ficavam muito felizes quando estavam na praça a se divertir, a se exercitar e a conviver, afinal são pessoas da mesma geração, o que facilita as relações entre elas. Além de uma diversidade de aparelhos de ginástica, as academias se tornaram tão essenciais para essas pessoas porque elas passaram a ter mais saúde, a ter menos dores e stress. Mexer com o corpo e com a mente é tudo. É muito importante.

Elaborei um projeto, que foi apresentado e aprovado pelos meus pares na Câmara e sancionado pelo prefeito Eduardo Paes. A Secretaria de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida (SESQV) também me apoiou. O projeto é amplo porque determina que as academias terão de ser disseminadas por toda a cidade, de preferência nas praças. O projeto também obriga que todo prefeito que assumir a prefeitura, independente de partido ou ideologia, têm de preservar e cuidar da manutenção das Academias da Terceira Idade, bem como implantar outras. O projeto define que as academias não são um programa de determinado governo e sim um programa de estado, o que, sobremaneira, faz com que a sociedade e os idosos não fiquem à mercê da vontade e dos interesses políticos dos mandatários. Lei é lei; e lei se cumpre.

Trabalhar em prol do idoso e protegê-lo é minha obrigação como cidadão, filho e presidente da Comissão do Idoso, porque ao agirmos dessa forma estamos também a proteger as futuras gerações, que, indelevelmente, tornar-se-ão idosas. Não existe mais espaço para os maus tratos aos idosos, que ainda não são bem tratados, por exemplo, na saúde pública, no trânsito, nas lojas comerciais e no decorrer de suas rotinas, inclusive em suas casas e lares. É um acinte tratar os idosos mal. É inaceitável! Por isso, continuarei a fazer meu trabalho com a minha equipe. A Comissão do Idoso tem muitas necessidades de pessoal, de logística e de transporte. Gostaria que tivéssemos melhores condições para trabalhar. É uma reivindicação que faço, daqui do Plenário, ao presidente da Câmara Municipal, vereador Jorge Felippe. Enquanto isso, trabalhamos para que o idosos sejam protegidos e respeitados como cidadãos, trabalhadores e consumidores, porque são nossos pais e avós.

Por fim, quero informar aos prezados que me ouvem que no dia seis de outubro vai ser realizada audiência pública neste Plenário promovida pela Comissão Permanente do Idoso. Discutiremos sobre políticas públicas para os idosos. Estão todos convidados.

Muito Obrigado.