Publicado em: 22/ set/ 2019

Angola é bicampeã da Copa dos Refugiados no Rio de Janeiro

A seleção de Angola conquistou o bicampeonato da Copa dos Refugiados, na fase regional disputada no Rio de Janeiro. Na semifinal contra a Venezuela, que ficou em terceiro lugar, emplacou dois gols e disputou com a Seleção do Chile a final do torneio, vencendo a disputa de pênaltis por dois a um.

Ao final, na premiação, os angolanos não se continham de felicidade e cantavam “É bicampeão!”, repetido à exaustão e a plenos pulmões. A Seleção da Guiné-Bissau também participou da semifinal, ficando em quarto lugar.

“A Copa dos Refugiados tem como objetivo principal integrar os estrangeiros à sociedade brasileira, combater a xenofobia, o preconceito e mostrar que os imigrantes e refugiados serão sempre bem-vindos em cidade do Rio. Encerramos a fase regional e vamos agora para a fase nacional, quem sabe disputando esses jogos num grande estádio” – disse o secretário municipal de Assistência Social e Direitos Huimanos, João Mendes de Jesus.

Com a vitória na fase regional, Angola se habilita para a disputa nacional da Copa dos Refugiados, que também será no Rio de Janeiro, em dezembro.

No ano passado, após ser campeã na fase regional, aqui no Rio, os angolanos disputaram o torneio nacional em São Paulo, empatando no tempo regulamentar com a equipe da Malásia. Na disputa por pênaltis, os angolanos acabaram com o vice campeonato.

Antes da final deste sábado, no campo do Fluminense, os jogadores das quatro seleções que disputaram a semifinal foram reunidos no centro do gramado para uma preleção feita por Douglas D`Andreia, da DG Assessoria e um dos patrocinadores do evento.

Ele pediu a todos que se misturassem para formar um mosaico colorido para a dar a tônica do torneio. D`Andreia ressaltou que ali não era a disputa o mais importante, mas sim a união dos povos.

Para o gerente do Sesc – entidade que também patrocinou o toneio -, Paulo Damasceno, antes de qualquer resultado, o que realmente fica é o resultado social, da integração dos que disputaram o torneio.

“A alegria, o ambiente de integração e o carinho com que recebemos essas pessoas é o que mais se destaca nesse torneio. O resultado é o menos importante – afirma Damasceno.

O presidente da ONG África do Coração – responsável pela organização do torneio -, Jean Katumba, a maior visibilidade que a Copa dos Refugiados vem ganhando ao longo dos anos é uma conquista de um árduo trabalho, que vem desde 2014.

“Agradeço ao Fluminense por ter cedido seu campo para disputarmos esse torneio e agradeço também a todos os nossos parceiros, em especial à Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH), sem a qual não conseguiríamos ter esse torneio aqui no Rio” – concluiu.